sexta-feira, 1 de julho de 2011

Lobão, Julio Barroso, Taciana Barros


Não Quero o Seu Perdão


A gente nasce,

A gente cresce

A gente vive,

A gente morre

O tempo todo, o tempo todo

Perto dela,

Da solidão

E é tão bonito

Essa razão tão sem razão

A gente leva a vida inteira para entender a vida

Dia após dia, sem imaginar

Se recusando a acreditar

Que pra estar no paraíso

Basta amar, basta amar

E me dá vontade de cantar uma canção

Tão suave

Que os céus

Possam se abrir sem nuvens nem rastro

E que todas as mentiras pra derrotar

Se transformem em pequenas incertezas

Brilhando no seu olhar

Não me faça pensar que vai ser tudo igual

Pois você sabe muito mais do que ninguém

Que eu fui o melhor, que eu fui o pior, e é isso aí

E se eu tenho o seu amor, pra que pedir

E se eu tenho o seu amor, pra que pedir

Não quero o seu perdão

Pois a noite é uma princesa caída por mim

No lago do peito secreta solidão

Eu me lembro de lugares, de pessoas que eu freqüentei,

Cenas que eu vivi, filmes que eu já filmei

Minha única escolha é ser sincero

Eu canto donas de castelos

Mas não sou lobo louco não

Eu brinco de polichinelo com o bobo coração

Mil e um palácios de areia, noites de sereia

Eu ouço o som de uma nota só

Despedaçado entre a tempestade, a vontade e os sonhos

Nos subúrbios da alma

Eu sou marinheiro que navega com a lua

A paisagem é o meu desejo

Eu preciso do outono, eu preciso de um beijo

Eu preciso me desfazer

De todas as certezas e te cuidar

Sem impor nenhuma condição

Nao quero o seu perdao

Porque eu só quero o mar, meu mar

Meu mar,

Minha lua

E essa lua

É amar

Só você

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...